Avenida Paulista, 07/06/2015:
como chegamos a esse ponto?
Autor: Robson Merola de Campos
Eu sou cristão. Mas, sou também um democrata e liberal. Não sou bitolado por alguns dogmas. Como a maioria dos católicos, não frequento a missa todos os domingos. Mas, vou, sempre que posso. E converso com Deus todas as noites antes de dormir. Peço perdão pelos pequenos pecados do cotidiano; rogo por saúde para minha família e meus amigos e paz e prosperidade para o meu país. Acima de tudo, acredito em um Ser Superior, que nos guia e nos leva a tentar evoluirmos sempre. Respeito todas as religiões autênticas, e aqui me refiro tanto à Igreja Católica, quanto à Evangélica, Islã, Budismo, Judaísmo etc. Tenho grande admiração pela Doutrina Espírita. E esclareço, desde já: não sou homofóbico. Ao contrário, tenho amigos que são gays. Não vejo problema nisso.
Mas, vou falar agora sobre o que eu sou contra.
Eu sou contra todos aqueles que não sabem respeitar a fé alheia. Sou contra quem se aproveita da ignorância do povo para enganá-lo. Sou contra quem se arvora defensor da democracia, mas, que no fundo, quer mesmo é implantar a sua própria ditadura. Sou contra quem veste pele de cordeiro, mas na verdade tem alma e coração de lobo. Sou contra que o dinheiro público seja utilizado para financiar demonstrações de sectarismo religioso. Sou contra a corrupção da alma, que é muito pior do que a corrupção movida pela ganância do dinheiro.
Dito isso, o leitor inteligente já sabe do que estou falando. Fiquei estarrecido com as fotografias que vi da última “parada gay”. Fiquei abismado que algumas pessoas, pelo profundo desejo de serem relevantes e quererem aparecer na mídia, o façam à custa de achincalhar a fé alheia. Fiquei entristecido ao perceber que no Brasil de hoje, muitos perderam a noção do que é dignidade, honradez, ética, bons costumes, e volto a repetir: respeito. Uma palavra tão simples, tão bela e tão profunda: respeito!
Tanto ou mais grave do que tudo isso é observar que essas tristes figuras (sem querer ofender o personagem de Cervantes) usaram dinheiro público, nosso dinheiro, dinheiro suado dos brasileiros, para chocar e aparecer. Em plena crise, com trabalhadores perdendo seus empregos, um ajuste fiscal batendo à porta, a inflação nas alturas, a roubalheira que se tem visto em diversos setores públicos e estatais, parece que está sobrando dinheiro para financiar esse tipo de “manifestação”. Será mesmo que estamos nadando em dinheiro? A resposta é óbvia.
O patético desfile de 07/06 na Avenida Paulista é mais uma consequência da política governamental introduzida pela esquerda no Brasil. Seguindo um cronograma cuidadosamente elaborado estão solapando nossos valores. Estão desvirtuando nossas crianças. Estão incentivando o desrespeito à fé, à tradição, aos bons costumes. Estão supervalorizando a mentira, e transformando bandidos e terroristas em heróis. Estão premiando com medalhas celerados e suspeitos de conivência com atos de corrupção. O que se viu na Avenida Paulista é um mero reflexo do que se vê nos noticiários todas as noites: a podridão sem fim que tem alcançado todos os setores da vida pública.
O que se viu no último domingo em São Paulo não é liberdade de expressão. Não é um movimento cultural. Não é um desfile para celebrar um “status quo”. Não é o desejo de mostrar que é um ser humano igual aos outros, ainda que sua orientação sexual seja diferente da maioria. O que se viu lá foi a maior das ignomínias: a execração pública da Figura de Cristo Senhor, que veio à este miserável planeta para tentar colocar um pouco mais de amor no coração dos homens. Inclusive no coração daqueles que escarneiam Dele.
Cristo Senhor, que me perdoe, mas, não dá para repetir aqui as palavras que o Senhor disse na cruz pouco antes de se juntar ao Pai Celestial: “Senhor, perdoai-os; eles não sabem o que fazem!”. Aquelas patéticas figuras sabiam perfeitamente o que estavam fazendo. E o fizeram porque no Brasil dos dias atuais moral, ética, bons costumes, respeito tem deixado de ser a palavra de ordem. Quem se dedicou àquele triste espetáculo em praça pública, financiado pelo nosso dinheiro, o fez porque no Brasil de hoje, as minorias barulhentas tem se tornado maioria no grito. Dilma e o PT continuam no Planalto, apesar da inconteste insatisfação da esmagadora maioria do povo brasileiro. Dilma e o PT continuam no Planalto apesar das incontestes provas de corrupção envolvendo os mais altos escalões do próprio partido e do governo.
Até quando a podridão continuará contaminando a vida da nação brasileira? Escrevo as próximas linhas com o coração cheio de emoções contraditórias: por um lado com profunda tristeza, mas, por outro com esperança de dias melhores, pois, depois da tempestade sempre se espera a bonança.
Acredito que um dia a paciência da nação se esgotará. E quando esse dia chegar, a acomodação dará lugar à ação. Não ficará pedra sobre pedra. E é bom que se repita aqui uma lei da física, imutável, como todas as demais leis físicas: toda ação provoca uma reação. As ações estão todas aí: a corrupção dos valores; o descalabro administrativo; os escândalos diários de corrupção; o aparelhamento do Estado; a podridão; a insegurança pública; a falta de hospitais e saúde pública; a deficiência das nossas escolas; a falta de valorização de nossos mestres; a omissão das autoridades; a celebração da mentira; o excesso de impostos; o desemprego etc. O leitor que complete a lista como achar melhor...
A conclusão que decorre do enunciado da lei é pura lógica: a reação será proporcional a tudo isso.
Quem planta vento, colherá tempestades!
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